Você sabia que residências, comércios e indústrias podem “vender” o excesso de eletricidade gerado para as companhias elétricas que abastecem a sua cidade?

Para explicar melhor, é importante entender os tipos de sistemas que existem. São dois os tipos de sistemas fotovoltaicos – um isolado da rede pública de eletricidade, o off-grid – e o on-grid, conectado aos postes de luz.

No caso dos sistemas on-grid, a energia que sobra é direcionada à rede pública para ser usada por outros consumidores, o que gera créditos de energia em quilowatt-hora (Kwh) para a unidade geradora daquele excedente, ou seja, sua casa ou empresa.

Regulamentação nacional

Segundo a regulamentação RN 482/12 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), conhecida como “lei de incentivo à energia solar”, esses créditos tem validade de 60 meses e podem ser utilizados como desconto em faturas. Econômico, não?

Como registrar minha usina na distribuidora?

Para começar a usufruir dos créditos, basta registrar sua unidade geradora de energia solar formalmente junto à distribuidora* de energia elétrica da sua cidade, preencher os formulários necessários e aguardar um parecer técnico com exigências e requisitos que pode levar de 15 a 30 dias para ficar pronto.

Apesar de parecer burocrático, o processo é organizado. Após receber o parecer e executar as alterações, uma vistoria pode ser solicitada pela distribuidora e, se tudo estiver em ordem, em até 7 dias seu relógio de luz será substituído por um relógio medidor bidirecional para começar a contabilizar seus créditos de energia.

*Consulte sua distribuidora local de energia elétrica sobre as condições de compensação de créditos.

O que esse relógio faz?

Durante o dia, a energia gerada por sua unidade que não é utilizada será despejada na rede pública, pois você gerou mais do que consumiu. Mas será que esse excesso é perdido? Pelo contrário!

Durante a noite, sua casa irá utilizar energia dos postes, pois não há energia solar irradiando em seu sistema para que seja gerada energia elétrica.

O papel do relógio é fazer essa conta de adição e subtração, para que no final do mês você saiba se sua casa ou empresa gerou mais energia do que gastou. Caso seja medido mais consumo, o usuário paga apenas a diferença na conta de luz. Porém, caso mais energia foi gerada do que utilizada, sua unidade ganha créditos de energia, medidos em quilowatt-hora (Kwh).

Nunca mais pague por energia elétrica

Esses créditos são cumulativos e, de acordo com a RN 482/12 da Aneel, podem (e devem!) ser utilizados em até 60 meses para abater as suas contas de luz, por mais baixas que sejam. O resultado: você praticamente não terá mais que pagar por energia elétrica. Legal, né?

É importante lembrar que a potência máxima que pode ser instalada dentro da regulamentação é de 5.000Kwp (aproximadamente 35.000m² de painéis solares ou 5 campos de futebol). Gigantesco, não é?